No dia 13 de agosto de 2019, o Brasil foi às ruas mais uma vez, para lutar contra a política de ataques do governo Bolsonaro ao funcionalismo público, à educação e em defesa da aposentadoria.
Em Macapá, a manifestação teve início na Praça da Bandeira, com a adesão de trabalhadores de várias categorias, que ao lado da juventude, e impulsionados pelas entidades do movimento sindical e estudantil, ocuparam as principais avenidas da cidade para dizer não à Reforma da Previdência.
Fotografia: Alinne Brito
O Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Amapá – SINDSEMP- AP, aliado a outros sindicatos e centrais sindicais, como a CSP Conlutas, esteve à frente das mobilizações para a construção deste ato, realizando panfletagens em feiras populares, universidades públicas e escolas da rede estadual de ensino.
Mereceu destaque no ato, a denúncia feita pelas entidades do movimento sindical, sobre os 5 deputados federais amapaenses que votaram a favor da Reforma da Previdência - Luiz Carlos, André Abdon, Leda Sadala, Acácio Favacho e Vinícius Gurgel - para acabar com os benefícios previdenciários que adquirimos com muita luta.
Durante a manifestação, foram incorporadas as demandas locais do movimento popular e estudantil, contra o aumento da tarifa de ônibus, que deve sofrer alteração no valor de R$ 3, 25 para R$ 3,50.
Também se incorporou a luta pela investigação e prisão imediata dos assassinos que ceifaram a vida da liderança indígena Wajãpi – Emyra Wajãpi, ocorrida no início do mês de agosto às proximidades do município de Pedra Branca do Amapari.
Fotografia: Alinne Brito
DEVEMOS LUTAR ATÉ O FINAL CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Na realidade não é uma reforma, mas a destruição da Previdência Social que conhecemos. Ela ataca o direito de aposentadoria integral dos trabalhadores, aumenta o tempo de contribuição para 40 anos, reduz o valor das pensões e ainda impõe a idade mínima de 65 anos aos homens e 62 anos para as mulheres.
A aprovação da Reforma da Previdência está prevista para ir ao Senado em primeiro e segundo turno ainda esse mês.
A Reforma da Previdência não combate privilégios, pelo contrário, os amplia, deixando de fora juízes, a alta cúpula militar e os políticos, que se aposentam mais cedo e se beneficiam de aposentadorias altíssimas, alguns deles terão até aumento adicional no salário.
Por Carlos Haussler
Macapá, 14 de agosto de 2019