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Mais de 30 pessoas estiveram presentes na live de terça-feira, 09/03, convocada pelo Fórum de Lutas Sindical e popular. A ideia era promover um encontro de mulheres, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 8 de março, para que elas pudessem dar voz a temáticas importantíssimas, partindo da luta das mulheres e dos regressos causados pela pandemia, passando pela crise de saúde que vive hoje o estado do Amapá, até a Reforma Administrativa e Previdenciária Estadual. 

A mediação ficou por conta de Elton Corrêa, secretario-geral do SINDSEMP-AP e servidor público do MP-AP. A colega Anne Marques, do SINJAP, que faria a mediação, não pôde comparecer por questões familiares. 

A PANDEMIA NO AMAPÁ E OS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM

A Dra Emília Pimentel, enfermeira e presidente do COREN, o Conselho Regional de Enfermagem do Amapá, foi a primeira a falar e expos dados sobre a crise sanitária que o estado enfrenta e quais expectativas para o futuro. De acordo com o próprio COREN, hoje são 8.500 enfermeiros e técnicos em enfermagem trabalhando no sistema público de saúde amapaense, contando com a rede particular são aproximadamente 11.500 profissionais. 

A falta de leitos clínicos e de terapia intensiva há, pelo menos, 15 anos é um problema no Amapá. O estado já entrou na crise pandêmica com um déficit de mais de 3 mil leitos na rede pública de saúde, conforme  cálculo da proporcionalidade de leitos por habitantes do Ministério da Saúde. 

A pandemia escancarou esse quadro, tendo logo no seu início a falta de aproximadamente 300 leitos de UTI's para tratar casos de COVID-19. Agora, com o aparecimento da nova cepa, o tempo de permanência em intervenção gira em torno de 13 a 30 dias, agravando perigosamente o quadro citado acima.

Ainda segundo Dra Emília, NÃO HÁ LEITOS, NEM PROFISSIONAIS DE SAÚDE. A expectativa é de reimplantação dos leitos na maternidade da Zona Norte, mas o medo é que sem medidas mais restritivas de circulação de pessoas, sem fiscalização e reais punições por parte do poder público, haja ainda mais necessidade de leitos, insumos, profissionais, e de fato falte tudo. 

A taxa de transmissibilidade do vírus está entre em 0.99 a 1.5, o que significa dizer que cada pessoa contaminada no Amapá, transmite o vírus para uma média de 100 pessoas, concluí.

Para conter essa subida e exponencial contaminação a vacinação em massa é fundamental, mas ela está lenta demais. O Amapá até o momento recebeu aproximadamente 56 mil doses para uma população estimada em quase 800 mil pessoas.

Conforme a enfermeira,  a estimativa é que se não houver vacinação, até o meio do ano, de pelo menos 50% da população local, teremos uma onda mais grave ainda de contaminação e seguiremos em grave crise pandêmica até, PELO MENOS, o fim de 2021. 

A Dra. Emília destacou que o mais inaceitável de tudo é a falta de informação e transparência por parte do Estado do quantitativo de pessoas que já foram imunizados pertencentes ao chamado grupo de risco, assim como, dos profissionais da saúde da linha de frente do combate à doença.

A PANDEMIA, A MULHER, O MERCADO DE TRABALHO E O DESGOVERNO BOLSONARO

As colegas Séfora Rôla, assistente social, professora e servidora do Ministério Público do Amapá, Alinne Brito, professora da rede estadual e militante do movimento feminista e Ana Paula Pinheiro, ativista feminista, falaram da mulher na pandemia, a mais afetada em todos os sentidos. 

A vulnerabilidade nos postos de trabalho, o desemprego, a violência doméstica, a redução salarial, além da falta de não ter com quem deixar os filhos, são consequências desse período.

Alinne Brito trouxe números do IBGE relacionados a 2020. Foram 8,6 milhões de mulheres que perderam seus empregos no terceiro trimestre do ano. 8% de queda acumulada no setor de serviços, como os salões de beleza, por exemplo. 13,8% de queda de participação das mulheres no mercado em relação a 2019. 

Tudo isso somada à alta no preço da cesta básica entre 17% e 32%. A depressão aumentou em mais de 40% e o estresse em mais de 38% das mulheres. A causa? Preocupação com colocar comida na mesa da família. O que gerou uma dependência do auxílio emergencial que agora, na pior fase da pandemia, foi retirado. 

“Quando a mulher é negra ou trans, esse quadro se agrava ainda mais”, disse Alinne. E aí fica o questionamento: como cobrar retorno ao trabalho, se não tem onde deixar o filho? Como proporcionar o retorno das aulas se os profissionais da educação não são nem prioridade de vacinação? 

Séfora Rôla trouxe para o debate um manifesto que falava em “Mulheres na luta pela vida, Fora Bolsonaro, vacina para toda a população, auxílio emergencial já e pelo fim da violência contra a mulher”. 

Ana Paula Pinheiro, destacou que pandemia aumentou e exacerbou não só o desemprego entre as mulheres, mas também a violência doméstica que chegou a números alarmantes. A diminuição da verba para o auxílio emergencial é a grande preocupação, junto com o futuro incerto do país.

Para elas, a solução para as mulheres é a redução de jornada de trabalho, sem a redução salarial. Seria um atenuante para a crise. 

REFORMA ADMINISTRATIVA

A deputada estadual Cristina Almeida, falou sobre a Reforma Previdenciária proposta pelo governo do estado do Amapá. Ela explicou que o projeto do governo deverá entrar na Assembleia Legislativa em regime de urgência por conta da pandemia e chamou os sindicatos a unir forças com os parlamentares para derrotar essa Reforma  

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Amapá, o SINDSEMP-AP, firmou o compromisso de seguir somando e fortalecendo a luta do Fórum de Lutas Sindical e Popular do Amapá e apontou a necessidade de novas reuniões e ações de rua, como o uso de faixas, outdoors e campanhas nas redes sociais para defender os interesses dos servidores públicos, da classe trabalhadora e de todo o povo.

? VEJA A LIVE NA ÍNTEGRA EM: https://us02web.zoom.us/rec/share/fj5k0mI3j-mI743TPcTc8luLIUzNLjQRD4EuIHNAWzscPirLv1MBdASUFREfa

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